Este livro foi mencionado na obra "As Aventuras de Miguel Littín Clandestino no Chile", de Gabriel García Márquez. Diz-se que Gabriel García Márquez terá deitado para o lixo o seu primeiro manuscrito de "Cem Anos de Solidão" após ler esta obra. Foi assim, sem pensar duas vezes que o comprei, assim que o vi numa estante na Fnac (Colombo) e que me lancei na sua leitura na primeira oportunidade.
Linked opinion...
Por aquilo que tinha lido anteriormente sobre este livro, foi com enorme expectativa que iniciei a sua leitura. Muito cedo, apercebi-me, que de facto estava perante um livro diferente, superior, e entendi a razão de ser denominado um livro de culto. Ao lê-lo, experienciava uma nova forma literária, a do realismo mágico, do qual este autor é considerado um dos seus criadores. E não foi difícil entender de que se tratava, antes mesmo de procurar a sua definição. Das características que definem esta corrente ou escola literária, a que mais me marcou, foi a experiência sensorial que me proporcionou. Vi-me embrenhada e totalmente absorvida pelo mundo que o autor cria. Esse mundo, é um misto de tempos, de realidades, de interioridade, de exterioridade, e de magia. Tudo isso é distorcido e alinhado com a história central, a da viagem do protagonista, que decorre tanto no mundo físico como no seu mundo existencial. A experiência sensorial, foi para mim completa, e considerei fantástico o facto de uma obra literária poder ascender a esse nível. A leitura não é contudo imediata. A escrita barroca do autor, desafiou-me e demorou-me. Para entender, não poucas vezes voltei atrás, parei para reflectir, até sentir que podia continuar, sem ter perdido nada. Parece-me um livro, que, numa segunda leitura, suscitará a descoberta de novos pormenores, que à primeira escaparam. Considero um privilégio ter tido a oportunidade de ler este autor. Em termos de referências, que é aquilo que este blogue procura, esta obra é tão rica, que tudo o que aqui se seguirá , representa apenas uma ínfima amostra.
Linked music...
Lucia di Lammermoor - Gaetano Donizetti
Foi mencionado o Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach ( escolhi o Minueto de Sol Maior para partilhar aqui)
Nona Sinfonia de Ludwig Van Beethoven
Linked places...
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Ilha do Diabo |
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Rio Orenoco (América do Sul) |
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Monte Autana (Venezuela) |
Odisseia - Homero
Ecue-Yamba-O - Alejo Carpentier (referido na nota biográfica sobre o autor como tendo sido a sua primeira obra)
Uma Noite em Lisboa - Erich Maria Remarque (publicidade do marcador que vinha com o livro, e excerto da obra no final do livro)
Vidas dos Santos - Alban Butler
A Guerra da Secessão 1861 -1865 - Farid Ameur
A Morte do Coração - Elizabeth Bowen
Antígona - Sófocles
Prometeu Acorrentado - Ésquilo
Os Incas - Jean-Fran Marmontel
O Discurso do Método - Descartes
A Pequena Sereia - Hans Christian Andersen
D. Quixote de La Mancha - Miguel de Cervante
Anábase - Xenofonte
Os Sonhos - Francisco de Quevedo
Coéforas de Ésquilo
O Reino Deste Mundo - Alejo Carpentier
Linked people...
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Maurice Martenot (1898 - 1980) |
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Henrie-Marie Beyle (Stendhal) 1783 - 1842 |
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Luigi Cherubini (1760 - 1842) |
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Charles-Edouard Jeanneret-Gris (Le Corbusier) 1887-1965 |
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Vénus de Cranach |
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Navio dos Loucos de Bosch |
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daguerreótipo - Aparelho fotográfico primitivo, inventado por Daguerre; retrato obtido com esse aparelho. |
arúspice - sacerdote que predizia o futuro consultando as entranhas das vítimas.
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Estramónio - Planta de cheiro nauseabundo e propriedades narcóticas, conhecida vulgarmente por figueira-do-inferno. |
Uau, fiquei super curiosa, vou comprar-lo, obrigada.
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